Herança é o legado, é o patrimônio, os bens que deixamos para os descendentes, por hereditariedade ou por testamento.
Muitos de nós trabalhamos de forma árdua, durante toda a vida, objetivando deixar aos herdeiros muitos bens.
Com isso, pensamos, estará garantida a sua felicidade.
Parece que esquecemos de olhar ao nosso redor.
Quantas fortunas vimos desaparecer, de forma muito rápida, dilapidadas por herdeiros que, parece, somente aguardavam a oportunidade para gastá-la de forma desmedida, satisfazendo seus prazeres?
Quantas empresas, de grande porte, desapareceram, atingidas por dissensões e disputas entre os familiares?
Ou por falta de preparo para administrar, de forma eficaz, o patrimônio recebido?
Será que desejaremos observar, depois de nossa morte, os nossos descendentes se digladiando nos tribunais por desejarem uma parcela a mais do que consignamos em testamento?
Importante repensarmos atitudes.
Primeiramente, termos consciência de que mais do que bens materiais, a nossa presença ao lado dos filhos é verdadeiramente valiosa.
Isso significa que devemos equacionar o tempo de forma a atendermos nossa atividade profissional.
E reservarmos tempo para os que amamos.
Tempo para estar com os filhos, vê-los crescer em intelecto e em questões morais.
Questões que nós, pela palavra e pelo exemplo poderemos lhes oferecer.
Exatamente como nossos pais que trabalharam duramente, não ficaram ricos, portanto, não nos deixaram abonados ao partirem.
Porém, nos legaram exemplos maravilhosos de vida: honestidade, dignidade, coragem, respeito aos mais velhos, às crianças, às leis, o amor à pátria e à natureza.
Segundo, se somos detentores de patrimônio expressivo, preparemos nossos filhos para bem administrá-los.
Mostremos-lhes como se age, como devemos dele nos servir, a benefício próprio e dos demais.
Então, quando formos colhidos pela morte, que poderá chegar logo ou mais tarde, teremos entregue às suas mãos o maior legado: o do exemplo do trabalho e da honra.
Eles nos lembrarão como aqueles que os abraçavam e beijavam muitas e várias vezes ao dia.
Aqueles que oravam com eles, que os levavam ao templo para a recepção das lições do Evangelho de Jesus.
Aqueles que lhes acompanhavam as lições da escola, indagando, perguntando, se interessando.
Aqueles, enfim, que ofereceram exemplos de total respeito à família, a qualquer ser humano.
Aqueles que plantamos árvores e flores, os que os ensinamos a respeitar o meio ambiente, as relações sociais.
Quando adentrarem a empresa que lhes legamos, quando usufruírem dos bens materiais que lhes deixamos, recordarão de como exemplificamos o amor ao próximo, o respeito ao subordinado, às leis, aos princípios da honra.
Tornar-se-ão esposos e pais, refletindo nossa herança de amor, de hombridade, de verdadeiros filhos de Deus.
Trabalhemos, portanto, o crescimento do amor em nós, sem desfalecermos diante das dificuldades.
Com certeza, deixaremos para este mundo uma herança que será lembrada e perpetuada pelos anos afora: homens de bem, homens que farão a diferença para este lar que o Senhor Deus nos confiou, para usufruto e crescimento individual.
Redação do Momento Espírita
Em 1º.
11.
2019