A mente humana, poderemos dizer, é o rudimento da Mente Divina.
É essa, na Sua mais baixa vibração, no tocante ao raciocínio.
É o primeiro degrau que se pisa para a ascensão consciente, ou mais ou menos consciente, na escalada infinita.
A mente humana ainda é um campo inóspito, que requer árduo trabalho e, para que tenhamos confiança, as leis nos afirmam que Deus está presente em todos os seus limites e em todas as suas profundezas.
A mente humana é o aluno nas primeiras letras, com passos inseguros.
Porém, sempre encontra uma mão amiga para guiá-lo.
É uma futura seara profícua, pela idade que avança.
Com o passar das eras, o próprio tempo indica a aproximação da luz, e a mente divina começa a dominar certa área que antes pertencia à força humana.
E a luta não se faz esperar.
Explodem todos os sentimentos inferiores, que ainda dormiam.
Entram em confusão bons e maus, trevas e luz e, no campo de batalha, a natureza seleciona em silêncio, como a correnteza de um rio aciona para as margens elementos e coisas imprestáveis â pureza do líquido.
E o completo domínio é do amor.
A vossa mente é qual fruto no calabouço da Árvore Divina.
As condições exteriores cooperam muito, mas muito para a vossa maturidade interna.
Podereis, quando virdes, ficar diretamente ligados à árvore mãe.
Depois de maduros, sereis arrancados para servir a alguém ou a alguma coisa.
Eis que a mente humana já dá sinais de que a ceifa pode aproximar-se.
O filho, quando fica adulto, dispensa certos cuidados dos pais, e caminha por si mesmo.
Notastes, nas entrelinhas, o que queremos que compreendais, para que possais ser úteis? O tempo e o espaço indicam o fim de uma era e o começo de outra, que denominamos de ouro.
Largamos a do ferro, que a ferrugem liquidou.
Pelo nosso falar, notais que tudo se transforma para melhor.
Os ouvidos e os entendimentos devem apropriar-se de todos os recursos que as experiências vos legou, no percurso de todas as reencarnaçôes e dos intervalos no espaço, para o término da luta terrena, hasteando uma bandeira no alvorecer de um novo sol, a brilhar em novos horizontes da mente renovada.
A mente humana se encontra cansada e oprimida pelas consequências dos seus próprios atos.
O magnetismo inferior da lavoura mental e do próprio ambiente do mundo haverá de explodir, por acumulação excessiva, em sofrimento nunca antes sentido pêlos homens, porquanto é nessa combustão degradante que ele se aniquila, da mesma forma que os raios e as trovoadas limpam a atmosfera.
O mundo só melhorará depois que os homens se tornarem bons.
Estamos em uma época de confusão, sem que isso possa ser considerado regressão dos valores adquiridos.
É porque a mente humana está, por lei, cedendo lugar à Mente Divina e, por isso, as trevas estão mais visíveis aos olhos de todos.
Nunca fomos bafejados, como agora, por tanta luz.
A hora é de decisão.
Se não ajudarmos as forças invisíveis na educação da mente, na disciplina dos pensamentos, na ordem das ideias, as leis operarão em nós com certa violência, e o sofrimento nos conduzirá às portas do amor e da sabedoria, queiramos ou não.
É que não fomos feitos por nosso querer, não evoluímos ou despertamos por equações nossas, e nada fazemos pelas nossas mãos sem a grande sapiência universal.
– 158 – Curvemos as cervizes com humildade diante da grande luz e repitamos com Paulo esse versículo 18, do capítulo 5, aos Tessalonicenses: Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para conosco .
A mente humana passa por uma grande transformação, e é bom que ajudemos, para que ela possa alcançar a força divina que bate em nossas portas, como sendo o reino de Deus.