É difícil delimitar, mesmo na profundeza racional, onde começa e termina, em qualquer escrito nobre, a súplica.
Achamos que toda a palavra construtiva e letras ordenadas pêlos bons princípios são orações, que se vinculam â faixa divina, pela vontade humana mais ou menos educada, para que se materialize na Terra, p ideal do Bem.
No entanto, percebemos a sutileza da prece, pois ela difere um pouco das conversações comuns e, pêlos contextos dos livros, é como se estivéssemos falando a alguém que somente nos ouve e registra os nossos pedidos na mais alta justiça, computando para nós somente o que nos faz bem.
O místico ou o santo vive em completa oração.
Não no fanatismo constrangedor, com repetições alérgicas ao bom senso, mas no exame profundo do que deve ou não fazer, como se estivesse falando frente a frente com o Pai Celestial, ouvindo, e fazendo a Sua magnânima vontade.
O homem que ora, conhecendo a importância da oração entra em estado de graça, sente o ambiente divino a pulsar no seu mundo humano.
Cultivai a prece, companheiros de ideal, que ela vos ajudará a compreender a vida e a ter paciência nas lutas, a aprimorar a alegria e a respirar, com todo o contentamento, o perfume embriagador do amor.
Vamos à súplica: Grande Arquiteto Universal: Agradecemos pela Vossa paternidade sem fronteiras, pela Vossa beneficência sem limites, pelo Vosso amor sem exigências.
Pedimo-Vos que nos abençoe, porque acordamos mais uma f ração da nossa consciência, porque abrimos os olhos para mais um ângulo da visão, porque andamos mais um passo na rodovia evolutiva.
Este livro, para nós, é a resposta de uma súplica.
É de se notar o quanto vale a oração, o quanto nos faz bem a prece, o quanto nos desperta o entendimento mais direto com as forças do Bem.
Senhor! Ainda temos muito que aprender acerca da rogativa, das emoções que ela favorece, das irradiações que se sucedem em estado de êxtase, da felicidade que poderemos perceber na humildade da prece.
Jesus! Não nos deixeis abandonar esses recursos espirituais.
Ensinai-nos outra vez, como ensinastes aos discípulos, a orar, sem que essa oração nos leve a repetições sem discernimento, a esperar receber sem fazer esforço, a confiar sem intolerância.
Ensinai-nos a orar na faixa do amor com a vida e pela vida, com a sabedoria e pela sabedoria.
E que, acima de tudo, cumpra-se a Vossa vontade e não a nossa .
Vamos colocar este livro como uma súplica humana endereçada aos homens de boa vontade e, se Deus permitir, que ele avance nos horizontes de todas as – 162 – mentes em preparo na Terra, colocando-as em nível ascendente e ajudando-as na libertação.
Estas páginas que já lestes são uma prece para vós e por vós, no afã de que deixeis a vossa mente aberta aos conceitos do Mestre, exercitando-as em todas as oportunidades, para que, no amanhã, sejais fontes de água pura, qual aquela que Jesus mostrou â samaritana, que jamais secarão.
Esperamos o vosso bom proveito nesta escola do Senhor, e que Deus e Cristo ampliem sobremaneira os horizontes das vossas mentes.
ooo FIM ooo Amanhã bem cedo, lançarei ao solo as sementes que há tempos recebi e que estavam guardadas por longo período, aguardando apenas a estação propicia para a sua semeadura.
Breve diante de um lindo e imenso jardim, surgirá uma majestosa arvore que dará um brilho diferente aos olhos do espírito, que caminhando por entre as flores, iluminado pelo sol do conhecimento, sentirá um maravilhoso perfume que abalará a sua mente, desacomodando e despertando sua consciência, que ainda se encontra dormente e anestesiada pelo sono da ilusão.
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No entanto podem ficar certos que: se algumas destas sementes não germinarem, servirão ainda para saciar a fome da mente, se sequer causar abalo algum.
Josef Lunnar –