Até onde devemos ir… – Redação do Momento Espírita 5/5 (1)

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As bibliotecas e as livrarias estão abarrotadas de livros com histórias de homens e mulheres incríveis.

Histórias de superação, que falam de persistência, de não abandonar o sonho, de determinação e confiança.

A persistência é exaltada.
Todos sabemos que a força de vontade, a determinação são ingredientes essenciais para as conquistas humanas.

Tomas Edison, na busca pela descoberta da lâmpada incandescente realizou mais de mil experimentos.
Não desistiu e iluminou o mundo.

Os navegadores, os inventores, os cientistas deram ao mundo o seu melhor porque se mostraram persistentes, incansáveis.

São exemplos que nos arrastam.
Então, colocamos na nossa mochila de sonhos os planos que desejamos alcançar e vamos à luta.

Vamos à luta para concluir o curso superior, para prosseguir na especialização, alcançar o mestrado, o doutorado.

Adentramos no campo das pesquisas, que nos exigem esforço fantástico.

Abrimos o nosso negócio, ampliamos o que temos, perseguimos os sonhos.

Isso é muito positivo.
No entanto, importante pensarmos até onde vai a nossa persistência ou a nossa teimosia.

Os especialistas em negócios reforçam a ideia da necessidade de rever estratégias e, se preciso, mudar os planos.

Isso significa, por vezes, desistir do que pretendemos e criar uma nova meta.
E não há nada de errado nisso.

Levantar a cabeça, seguir em frente, se reinventar.
Nesses tempos de pandemia, a criatividade, investir no diferente, inovar foi o que manteve negócios ativos, garantiu o sustento de muitas famílias.

A sabedoria está em sabermos se o momento é de perseverar no que vimos fazendo ou se devemos desistir.

Em um debate, ouvimos o relato da maratonista suíça que, nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, concluiu a prova cambaleando, em sofrimento extremo.

Foi ovacionada, elogiada e apresentada como um exemplo de verdadeiro espírito olímpico.

No entanto, três médicos disseram que ela ultrapassara seus limites e tinha colocado em risco a sua vida.
Caso tivesse andado mais uma centena de metros, poderia ter tido uma lesão cerebral irreversível.

Quem pode dizer o contrário? É um fato que nos leva a pensar em nossos investimentos.

Pensarmos que persistir é louvável desde que não estejamos insistindo em um projeto somente para não dar o braço a torcer.

Talvez tenhamos que reavaliar as questões, os riscos e parar tudo.
Parar para pensar, para planejar um novo rumo.
É o desistir para conquistar.

Quantos iniciamos um curso universitário, reconhecemos depois de algum tempo que aquilo não nos satisfaz, mas vamos até o fim.

Recebemos o diploma, frustrados.
Não é o que desejamos para nossa vida.

Não desistimos porque tememos ser considerados fracos, ou tolos ou indecisos.

Contudo, desistir não é feio.
Feio é não tentar, e mais feio ainda é não reconhecermos que erramos, que nos enganamos, que temos que mudar de planos, que podemos mudar de ideia.

Se a dúvida estiver nos abraçando, façamos uma pausa para orar, meditar, pedir auxílio superior.
E depois, retornemos à luta, renovados.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo

O momento de desistir, de Eugenio Mussak, da

Revista Vida Simples, de junho 2017, ed.
CARAS.

Em 7.
6.
2021

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