O Mestre de Nazaré reprisa os textos antigos e recorda, conforme os apontamentos do Evangelista João: Não está escrito na vossa Lei: Eu disse: sois deuses?
A interrogação conduz nossa memória a deuses da mitologia grega, romana, nórdica.
Tantos que, por vezes, chegamos a nos confundir.
Em nossa mente desfilam Júpiter, o deus do dia, do céu, do trovão e rei dos deuses, na mitologia romana; Apolo, o deus grego do sol, patrono da luz, da música, da medicina, das artes, da profecia;
Kali, na Índia, deusa do tempo, da destruição, da morte, da criação, da preservação, da guerra e do poder.
A mitologia nos fala, ainda, de que, periodicamente, esses deuses se manifestavam aos homens, através dos chamados hierofantes, profetas, das sibilas.
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Eram Espíritos.
E é esse exatamente o sentido de deuses.
Somos Espíritos.
Nossa divindade está em nossa possibilidade de evoluir, de nos desenvolvermos intelectual, afetiva, emocionalmente, realizar o nosso progresso em todos os níveis, ao infinito.
Não existem limites para o nosso progresso, não existem limites para a nossa evolução.
Lembramos da escada simbólica de Jacó, no Velho Testamento, pela qual se pode subir indefinidamente da Terra na direção dos céus.
É uma simbologia que nos fala da evolução dos deuses, dos Espíritos, nós, em nossa ascensão infinita.
Somos deuses.
Por isso nos cabe realizar o que realizam os deuses: esforços em prol de nossa própria renovação e da renovação do mundo.
Quanto progresso já alcançamos.
Da escrita à imprensa; do telefone de Graham Bell, ao rádio, televisão, computador, a informática.
Temos informática desde o comércio da loja ao nosso telefone celular, aos aviões, aos satélites que são mandados ao espaço.
Tudo nos utilizando desses progressos notáveis que nós, os deuses terrestres, conquistamos.
Vivemos a era digital, em que as informações transitam em velocidade instantânea e há comunicação direta entre as pessoas, sem limites de tempo e espaço.
Na área médica, nos surpreendem as vacinas, os tratamentos, as cirurgias, as microcirurgias, quando médicos notáveis operam fetos no ventre de suas mães.
Encantamo-nos com tudo isso e nos damos conta de que ainda nos achamos no planeta Terra, um planeta de provas e expiações.
Temos múltiplas razões para imaginar, para sonhar, para especular a respeito de como será a nossa realidade quando a Terra for melhor do que é, quando nós formos melhores do que somos.
Se agora, com todas essas dificuldades, com todas essas deficiências que portamos, conseguimos feitos tão notáveis, o que será do amanhã quando formos pessoas mais dignas, mais moralizadas, mais éticas?
Quando nos aproximarmos mais do pensamento de Deus? Quando formos mais justos, mais fraternos, mais irmãos?
Ficamos a sonhar com esse dia quando a Terra será um verdadeiro paraíso, um paraíso terrestre.
Somos deuses com um grande poder de inventar coisas surpreendentes.
Lembremos de nos servir desse nosso grande potencial para promover a concórdia entre todos, a paz individual, a paz no mundo.
Sejamos deuses da paz.
Redação do Momento Espírita, com base no Programa televisivo
Vida e Valores, nº 158 e na pt.
2, cap.
9, do livro Vida e Valores,
v.
3, de Raul Teixeira, ambos ed.
FEP.
Em 28.
4.
2022.