Filosofia infantil – Redação do Momento Espírita

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Ele era um veterinário experiente e foi chamado para examinar um cão de raça irlandesa, chamado Belker.

Os proprietários do animal, Ron, sua esposa Lisa e seu garotinho Shane eram muito ligados a Belker e esperavam por um milagre.

O veterinário examinou o cão e descobriu que ele estava morrendo de câncer.

Disse à família que não haveria milagres no caso de Belker, e se ofereceu para proceder à eutanásia para o velho cão, em sua casa.

Enquanto faziam os arranjos, Ron e Lisa contaram ao profissional que estavam pensando se não seria bom deixar que Shane, de quatro anos de idade, observasse o procedimento.

Eles achavam que Shane poderia aprender algo da experiência.

No dia seguinte, o veterinário sentiu o familiar aperto na garganta, enquanto a família de Belker o rodeava.

Shane, o menino, parecia tão calmo, acariciando o velho cão pela última vez, que o profissional ficou a pensar se ele entendia o que estava se passando.

Dentro de poucos minutos, Belker se foi, pacificamente.

O garotinho parecia aceitar a transição do amigo, sem dificuldade ou confusão.

Então, após a morte do animal, todos se sentaram juntos, pensando alto sobre o fato da vida dos animais ser mais curta que a dos seres humanos.

Shane, que tinha estado escutando silenciosamente, finalmente disse:

Eu sei porquê.

Abismados, todos se voltaram para ele.
O que saiu de sua boca, os assombrou.

Nunca haviam escutado uma explicação mais reconfortante.

Ele disse: As pessoas nascem para que possam aprender a ter uma boa vida, como amar todo mundo todo o tempo e serem bons, certo?

O garoto de quatro anos continuou:

Bem, cães já nascem sabendo como fazer isto.
Portanto, não precisam ficar por tanto tempo.

* * *

Interessante pensamento de um menino de quatro anos que traduz o sentimento de conforto e proteção que o cão lhe passava.

Filosofia infantil que nos leva a meditar.

Todos nascemos e renascemos na Terra para o aprendizado, para o crescimento intelectual e moral.
Exatamente nesta ordem.

O que nos compete, portanto, é aproveitar ao máximo os anos de vida, aprimorando o intelecto e progredindo em moralidade.

Aprender a desculpar as pessoas, relevar atitudes de criaturas enfermas da alma, perdoar.

Amar a todos todo o tempo, com certeza, demorará um tanto mais.

Mas valem as tentativas, o aplacar o desejo de vingança, o não desejar mal a quem nos magoou fortemente, a quem nos relegou ao abandono.

Conviver com os diferentes, compreender atitudes que nos podem, à primeira vista, parecer estranhas, faz parte do crescimento individual.

O Senhor das Estrelas, estando entre nós, lecionou o amor incondicional a todos.

Mestre incomparável, amou aos próprios algozes, suplicando ao Pai perdão para os atos insanos que cometiam, condenando-o à terrível morte na cruz.

Vivamos, pois, cada dia, conquistando intelectualidade e moral, sem desânimo.

Um dia, que poderá não estar tão distante, vestidos de luz, haveremos de sentir o prazer de ser bom, de viver no bem, de amar de forma plena e incondicional.

Pensemos nisso.
.
.

Redação do Momento Espírita, com base

em história de autor desconhecido.

Em 16.
3.
2023

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