Quantas vidas vivemos em uma única vida? A pergunta parece um tanto sem sentido, se analisada rapidamente.
Afinal, esta vida de que dispomos parece ser única até o momento em que a concluirmos, ao morrermos.
Porém, analisando mais detidamente, ao percebermos como a vida se mostra tão rica e diversa, talvez ela se multiplique em várias vidas.
A riqueza de uma existência, para nossa evolução, é de tal importância que a Providência Divina estabelece etapas que vão se apresentando, de forma gradativa, no transcorrer dos anos.
Dessa maneira, seja pelo nosso caminhar ou pelos desafios que surgem de tempos em tempos, a vida vai se transformando.
Por quantos períodos, fases ou etapas já passamos?
Algumas surgem naturalmente, no decorrer dos anos.
A adolescência nos provoca desafios.
É uma etapa, normalmente, de sonhos, de busca de si mesmo, de conquistas.
Embrenhamo-nos no estudo, no alcançar os bancos universitários.
E quando estamos acostumados com a rotina, atingimos a madureza.
Tornamo-nos o profissional que precisa demonstrar capacidade, especializar-se, dominar o mercado.
Formar a família, receber os filhos.
Nova etapa.
É, realmente, como se fosse outra vida.
Situações nos levam a transferir residência, ao menos por alguns anos, para outro país, onde deveremos absorver a cultura, nos adaptarmos aos seus costumes, dominar o seu idioma.
Os filhos, com suas necessidades de toda ordem, nos convidam, de igual forma, a alterações em nossa vida.
E não é que parece que adentramos outra vida, em que tudo é diferente? Já não somos um casal, deliberando.
São os filhos exigindo, com suas necessidades de educação, instrução.
Assim, vão se sucedendo as etapas, as mudanças quase radicais.
Algumas são programadas e definidas por nós.
Outras surgem como solavancos da vida, nos apanhando de surpresa.
Pode ser uma demissão ou uma enfermidade.
A gravidez sem programação prévia ou a desencarnação de alguém que amamos.
Então, rolam os anos e sorrateiramente a velhice se aproxima.
Por vezes, com limitações físicas ou mentais, estabelecendo um novo panorama, um novo ciclo.
Todas essas situações são convites para exercitarmos aprendizados.
Quando o aprendizado em determinada área se concluiu, a vida nos oferece outras possibilidades de crescimento.
Afinal, reencarnar é ato de grande significado para o Espírito imortal e merece ser bem aproveitado.
Aproveitemos cada fase.
Se forem momentos de alegria, conquista e vitórias, vivamo-los sem nos embriagarmos pela vaidade e arrogância.
Se as horas são de dor, de dificuldades e perdas, enfrentemo-las com fé e resignação.
Tudo passa nesta vida.
Passa a alegria, passa a dor, passa a dificuldade.
Vivamos cada momento da vida com intensidade e jovialidade, sabendo que Deus nos guia sempre, pelos caminhos de nossa existência.
As fases, são fases.
Passam.
Por vezes, podem ser mais demoradas, parecendo que nunca terão fim.
Mas, tudo na Terra é passageiro.
Somente o Espírito não terá fim.
Somos imortais.
Redação do Momento Espírita
Em 28.
5.
2024.