Quando assistimos ao noticiário televisivo, ouvimos o radiofônico ou lemos na internet, quase sempre comentamos: Só tem desgraça.
Só falam de guerras, de corrupção, de crimes violentos.
Será mesmo assim?
Nessa questão, devemos proceder como o garimpeiro que peneira o cascalho na busca de ouro.
Quando agimos dessa maneira, descobrimos uma pepita de ouro aqui, outra ali.
Recentemente, ao ser noticiado que, em apenas nove minutos, dois caminhões pesados se serviram da mesma área de escape em rodovia estadual, o repórter se deteve a falar dos benefícios dessa estratégia.
Os primeiros estudos a respeito surgiram nos Estados Unidos pelos anos 1950 – 1960.
Nessa época, caminhões maiores e cada vez mais pesados passaram a transitar pelo território norte-americano.
A preocupação era com a segurança, especialmente a falha dos freios.
Tentativas iniciais faziam uso de rampas e outros dispositivos para deter o veículo com problemas.
Surgiram as caixas de brita que, além de frearem, evitavam danos maiores aos veículos e acidentes com feridos graves ou mortos.
Além de toda a sinalização e equipamentos instalados ao longo do percurso, as tecnologias adotadas se tornaram pontos importantes, em conjunto com a modernização e manutenção das vias.
As áreas de escape paralisam totalmente veículos desgovernados por causa de problemas mecânicos, principalmente perda dos freios, em descidas de serras.
No Brasil, as primeiras áreas de escape surgiram no ano 2000.
Inicialmente preenchidas com materiais soltos, como cascalho ou pedras, evoluíram para o uso da argila expandida.
Trata-se de um agregado leve, em forma de bolinhas de cerâmica, que podem ser rapidamente substituídas.
Dispensa a criação de rampas.
Basta uma nova pista, como uma bifurcação, com esse material e sinalização.
O trecho pode ser mais curto, pois a eficiência é alta e a desaceleração do veículo quase imediata.
Na matéria, o repórter ainda apresentava a estatística do elevado número de acidentes fatais evitados nas rodovias do nosso país, graças a essas áreas de escape.
É uma nota que nos leva a agradecer àqueles que pensaram em recursos para deter um veículo desgovernado em uma estrada com trânsito intenso.
Agradecer aos que se detiveram a estabelecer estratégias, que foram evoluindo, ao longo dos anos, aprimorando a eficiência.
E nos damos conta de como é importante a missão do homem inteligente na Terra.
Se Deus, por Sua vontade, permite que nasçamos onde possamos desenvolver a nossa inteligência, é que deseja que a utilizemos para o bem de todos.
É uma missão.
A natureza do instrumento nos indica a que ele deve se prestar.
A inteligência é preciosidade que deve ser bem empregada.
É um talento, também, do qual teremos que prestar contas, exatamente como os servidores que a parábola dos talentos descreve.
Utilizada para as pequenas dificuldades quanto para as grandes soluções, ela sinaliza a ação benéfica da Providência Divina no mundo.
Inteligência a serviço do bem.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.
VII,
item 13 de O Evangelho segundo o Espiritismo,
ed.
FEB.
Em 27.
6.
2024