No carnaval, todo o cuidado é pouco

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      Pedro Fagundes Azevedo, ex-presidente da Legião Espírita de Porto Alegre Contribuição de Pedro

Ao contrário do que diz a conhecida letra do músico baiano, a realidade é que atrás do Trio Elétrico também vai quem já morreu. Queiramos ou não, diariamente convivemos com uma multidão de espíritos que estão do outro lado da vida, mas insistem em permanecer aqui entre os chamados vivos. Já o apóstolo Paulo alertava que estamos rodeados por uma grande nuvem de testemunhas. (Hebreus, 12:1). E aqueles mais atrasados, se preparam e vem aos magotes participar dos folguedos carnavalescos. Na psicosfera criada por mentes convulsionadas pela orgia, tais espíritos trevosos encontram terreno propício para influenciar negativamente os que estão nos corpos materiais, fomentando desvios de conduta, paixões grosseiras, agressões de toda a sorte e, ainda, astuciosas ciladas. No livro Nas Fronteiras da Loucura, psicografado por Divaldo Pereira Franco, são focalizados vários desses processos obsessivos.
Outras não foram as conclusões a que chegou um grupo de psicólogos, após análise da grande festa, segundo matéria publicada já há algum tempo no Correio Brasiliense, importante jornal da Capital da República:
(.) de cada dez casais que caem juntos na folia, sete terminam a noite brigados (cenas de ciúme, intrigas, etc.); que, desses mesmos dez casais, posteriormente, três transformam seu relacionamento em adultério; que de cada dez pessoas (homens e mulheres) no carnaval, pelo menos sete se submetem a coisas que abominam no seu dia-a-dia, como o álcool e outras drogas (.). Concluíram que tudo isto decorre do êxtase atingido na grande festa, quando o símbolo da liberdade, da igualdade, mas também da orgia e da depravação, estimulado pelo álcool, leva as pessoas a se comportarem fora de seus padrões normais (.).
Resumindo, em vez de alegrar, são conclusões que entristecem e preocupam. Não haveria prejuízo maior, se todos pensassem e brincassem num clima sadio, de legitima confraternização. Infelizmente, porém, como provam as estatísticas e a literatura mediúnica, a realidade é bem outra. E aí todo o cuidado é pouco. Fica muito difícil, para qualquer cristão, passar incólume pelos ambientes momescos. Por maior que seja a sua fé, os riscos de contrariedades e aborrecimentos são muito grandes. E aqui se ajusta uma outra recomendação do apóstolo Paulo: tudo me é lícito, mas nem tudo me convém. (I Cor. 6,12).

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