Uma história verdadeira do criador de Sherlock Holmes

Our Score
Click to rate this post!
[Total: 0 Average: 0]
Download PDF

      Pedro Fagundes Azevedo, ex-presidente e atual conselheiro da Legião Espírita de Porto Alegre Contribuição de Pedro

Se você tem programado para breve uma viagem a Londres, talvez possa incluir uma visita a exposição do homem que não viveu, mas que nunca morrerá, o detetive Sherlock Holmes, genial criação de Sir Arthur Conan Doyle, em cartaz até 15 de abril, no Museum of London. A mostra está dividida em três partes: a primeira é dedicada à obra e ao legado do escritor Conan Doyle, um dos pioneiros do Espiritismo. A segunda apresenta a Londres vitoriana, na qual os becos e a neblina são também integrantes das misteriosas historias de Holmes. A terceira traz obj etos particulares do detetive, seu cachimbo, lupa e chapéu de caça, reconhecidos em todo o mundo. Talvez você encontre, entre esses pertences, um relógio de bolso que tem uma fantástica história real.
Quem a conta, numa carta, é Denis P. S. Conan Doyle, filho do famoso escritor. Um dia, dois rapazes de Melbourne, deixaram sua casa para passear em seu pequeno veleiro e nunca mais voltaram. Embora toda a Austrália deva ter sabido do desaparecimento, nunca apareceu nenhuma informação a respeito. Acontece, porém, que os Brown, pais dos rapazes eram espiritualistas e algum tempo depois compareceram a uma reunião com um médium inglês que na ocasião visitava a Austrália. E através de uma comunicação de seus espíritos, ficaram sabendo que uma tempestade repentina tinha emborcado o veleiro e nenhum deles conseguira salvar-se. Nesse ponto, o mais velho Frank interrompe a conversa e pede para falar em particular com seu pai, sem que a mãe ouvisse a revelação que tinha a fazer. A sra. Brown logo concordou, retirando-se do recito.
Eu não queria que a mãe soubesse, falou Frank, mas o Jim não se afogou. Na realidade, foi atacado e comido por um peixe gigantesco. O pai, horrorizado, exclamou: um tubarão!. Não, replicou inexplicavelmente Frank, não foi um tubarão. Pelo menos da espécie que conhecemos aqui na Austrália. Com isso, terminou o colóquio mediúnico. Meses depois, um enorme e raro tubarão de águas profundas foi arpoado e levado à terra. Como de costume, o conteúdo de seu estômago foi examinado. Havia moedas australianas, botões, alguns ossos humanos e. O relógio de Jim Brown, com o seu nome gravado.
Quem primeiramente narrou esta incrível história real foi o próprio Arthur Conan Doyle, em uma de suas conferências em Melbourne. E, aí, outro imprevisto aconteceu. Um dos assistentes, conhecido pescador local, de boa reputação, levantou-se de sua cadeira e testemunhou: fui eu mesmo quem arpoou o tubarão e o abriu. Posso confirmar que o conteúdo de seu estômago era exatamente como acaba de ser descrito.

Loading