Espírito barulhento.

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Estas palavras dispensam comentários. Tínhamos razão de dizer, mais acima, que a idéia espírita atravessa tudo. A ela somos arrastados, mau grado nosso, e em breve ela transbordará No ano de 1518, no mês de dezembro, em casa de Pierre Juge, negociante em Limoges, um Espírito, durante quinze dias, fazia grande barulho, batendo nas portas, nas tábuas do assoalho e nas lajes, e mudava os utensílios de um lugar para outro. Vários religiosos ali foram dizer missa e velarà noite, com círios acesos e água benta, sem que ele tivesse querido falar. Um rapaz de dezesseis anos, natural de Ussel, que serviaàquele negociante,

confessou que o Espírito o havia molestado muitas vezes, em casa e em vários outros lugares, acrescentando que um parente seu, que o tinha feito herdeiro, havia morrido na guerra e tinha aparecido

muitas vezes a vários de seus parentes e batido em sua irmã que, em consequência, faleceu três dias depois. Tendo o dito negociante Juge despedido o rapaz, todo esse barulho cessou. 

Evidentemente o jovem era médium inconsciente, de efeitos físicos, como sempre os houve. O conhecimento das leis que regem as relações do mundo visível com o mundo invisível faz

todos esses fatos, supostamente maravilhosos, entrarem no domínio das leis naturais.

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