Ciência e Religião: Companheiras ou Inimigas ?

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Ciência e Religião:

Companheiras ou Inimigas?

Ao longo do tempo, a ciência e religião estão, ora interligadas, ora em caminhos opostos. Na Idade Média, a ciência, obrigatoriamente, devia estar de acordo com a religião dominante. Quando a primeira progredia e abalava conceitos vigentes, era considerada herege, sofria perseguições e recebia punição pela ousadia.

Com o vertiginoso progresso da humanidade no campo intelectual,obtemos um amplo acervo de informações das mais variadas tecnologias, fazendo com que tenhamos em nossos domínios, respostas e conhecimentos até pouco inimagináveis.

Com o natural desenvolvimento, a ciência sai da tutela da religião e começa a caminhar sua própria trilha, baseada no racionalismo puro e nas experiências.

Esse afastamento temporário foi ao extremo, transformando parte dos cientistas em materialistas.

A ciência é a base racional para explicações das leis naturais; as leis naturais são estabelecidas por um ser divino e perfeito e a religião tem como objetivo a aproximação com Deus conclui-se,então, que ambas devem, cada vez mais,aproximarem-se, explicando-se, completando-se, auxiliando no progresso da humanidade.

A Doutrina Espírita em 1857, com o Livro dos Espíritos, esclareceu o intercâmbio mediínico, as interferências entre desencarnados e encarnados, o magnetismo humano e espiritual, a reencarnação, a Lei de Causa e Efeito, a pré e a pós-existência do ser ao corpo material, substituindo o que era sobrenatural- tudo o que a ciência materialista não conseguia explicar-pelo natural, dentro das Leis Divinas, com uma lógica incontestável.

Desde o tempo de Allan Kardec e na atualidade, os Espíritos Superiores vêm advertindo constantemente que estamos numa face acelerada de evolução para novos tempos. A Doutrina Espírita surgiu para nos orientar nesse processo oferecendo-nos um novo conceito de homem e de vida, numa mundivivência, através de reflexões filosóficas e perspectivas de constantes comprovações no campo científico. A ciência humana, através da física quântica, do estudo da antimatéria, da observação das experiências de quase-morte,da Terapia de Vivências Passadas, da descoberta da importância da glândula Pineal chamada como o ponto de Deus (glândula de vital importância na mediunidade), aos poucos está chegando a conclusões que o Espiritismo já afirma há mais de 156 anos.

O codificador do espiritismo, afirmou que onde a Doutrina dos Espíritos fosse contestada pela ciência e comprovasse estar equivocada, os espíritas deveriam aceitar este novo postulado como verdade doutrinária. Desde 1857 até hoje, tudo o que foi descoberto pela ciência somente serviu para confirmação das orientações dos Espíritos Superiores.

A concepção espírita de religião está presente no Terceiro Milênio,em que não pode e nem deve servir de obstáculoà ciência, mas sim estimulá-la e servir de embasamento moral para o progresso do homem, um espírito em evolução. Vive, mas não limita apenas a viver; é um existente. O objetivo da existência material é a superação da condição humana para atingir a espiritualidade.

Emmanuel nos ensina, aprendemos: Todas as religiões são educandários do Espírito em processo de crescimento. Todas são degraus de ascensãoà verdade divina. E aconselha: estimar e reverenciar os irmãos de outros credos religiosos: o sarcasmo não edifica. E assevera: suportar construtivamente as manifestações constantes de cultos exóticos e estranhosà simplicidade e pureza da Doutrina Espírita, oferecendo, tanto quanto possível,auxílio e cooperação, sem pretensas exigências aos companheiros que a tais cultos se prendem e sintetiza: não impor ou forçar a transformação; toda imposição, em matéria religiosa,revela fanatismo.

Para a Doutrina Espírita o homem não nasce perdido: é pelo contrário, um viajor em trânsito, do menos possível para o mais possível que vem a ser a finalidade da vida.

Desta maneira, outro conceito de religião se impõe de acordo com a índole da Doutrina Espírita: a elevação do pensamento como ato de consciência, o sentimento, a religião espiritual. A promessa evangélica de O Consolador se cumpre no Espiritismo e, com a Fé raciocinada, sustenta que o homem atravessa a existência aprendendo a vencer a si mesmo e as dificuldades do seu mapa evolutivo, adquirindo experiências para depois avançar em nova direção.

Os valores espirituais que formam o conteído básico da Doutrina Espírita nunca perderam sua razão de existir,embora,a Sociedade brasileira atual entronizou, por excesso de apegoàs soluções imediatas, valores que não estão correspondendoà intensidade das angístias humanas, passou a valorizar o mundo exterior do indivíduo(e da Sociedade), enquanto se esvazia espiritualmente.

A propósito recompomos com Emmanuel: A Doutrina Espírita, é ,em verdade,o Evangelho redivivo; sem Evangelho é apenas uma sistematização de ideias para transposição de atividade mental: é preciso também revelar-se a feição de libertador de consciência. E assim sendo, não se herda,adquire-se através do estudo e do trabalho árduo. Por isso, tem por missão fundamental entre os homens, a reforma interior de cada um, fornecendo explicações ao porquê dos destinos, razão pela qual muitos conceitos usuais são por ela restaurados ou corrigidos,para que se faça luz nas consciências e consolo nos corações.

De outro lado, o império econômico,a autoridade terrestre e o intelectualismo sistemático possibilitam a projeção da criatura no cenário humano. Contudo, recordamos a realidade de que a Doutrina Espírita não tem chefes humanos e de que nenhum dos seareiros do seu campo de multiformes atividades é imprescindível no cenário de suas realizações.

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