Tempo de plantar e de arrancar o que se plantou – Redação do Momento Espírita 3/5 (3)

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Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.

Há tempo de nascer, e tempo de morrer.
Tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou.

O trecho extraído do livro bíblico Eclesiastes nos faz lembrar dos ciclos da vida.
Há um tempo para tudo.

Recorda-nos igualmente que a existência, a vida, é como uma gleba, um terreno fértil que todos recebemos ao nascer.
Cada um pode plantar o que quiser, quando e como quiser.

No entanto, as leis universais nos falam que há também o tempo de colher, de arrancar o que se plantou.

Tudo que se planta, se colhe.

Um provérbio oriental já dizia que o plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória.

Desde o momento que adquirimos consciência e responsabilidade pelos nossos atos, a semeadura se torna, igualmente, consciente e responsável.

Quanto ao que plantamos, consideremos que algumas sementes florescem rapidamente, outras não: exigem anos, décadas, séculos.

Ao plantar um pé de alface, por exemplo, poderemos colhê-lo em poucas semanas.
O mesmo não acontece com o café.
Um pé de café leva anos para nos ofertar os primeiros frutos.

Assim são nossas semeaduras.

Ao semear simpatia e gentileza no dia a dia, certamente verificamos os resultados em pouco tempo e em muitos corações.
São as sementes que brotam rapidamente em forma de amorosidade que retorna a quem oferta.

Quando semeamos alegria e otimismo onde estamos, podemos perceber, quase que de pronto, a modificação nos ares que nos cercam.

Pensamentos elevados, construtivos, transformam a psicosfera, purificam a estrada por onde passamos.

Existem, no entanto, os plantios de longo prazo.

A semeadura de amor no coração endurecido de um filho exige cuidados permanentes, rega, poda, iluminação e húmus enriquecido.

É semelhante ao cultivo do pé de café.
Poderão transcorrer anos, por vezes, sem vermos qualquer resultado.

Há mães e pais que não terão a oportunidade de colher os frutos nesta encarnação, pois sua missão primeira é a da semeadura e a da manutenção do plantio.

São plantas que desabrocharão mais tarde, depois de muito trabalho e dedicação, até de outros jardineiros, quem sabe, pois tudo tem o seu tempo determinado: tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou.

Mas sempre é tempo de plantar.

Uma terra ociosa é uma terra inútil.
Nela crescerá o joio indesejado que tomará o lugar dos belos jardins.

Todos sonhamos com a felicidade, e quem sabe seja essa a melhor colheita de todas.

Perguntemo-nos se temos feito o nosso plantio.
Temos realizado os devidos cuidados no cultivo?

Como sonhar com maçãs se só deixamos crescer ervas daninhas em nosso quintal?

A vida é uma gleba, um terreno fértil que todos recebemos para utilizar como bem quisermos.
A semeadura é livre, o cultivo é de responsabilidade só nossa.
E a colheita é certa, no seu tempo determinado.

Pensemos nisso, hoje, agora.

Redação do Momento Espírita, com citação do

livro bíblico Eclesiastes, cap.
3, versículos 1 e 2.

Em 24.
4.
2020.

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