Da vida, uma prece – Redação do Momento Espírita 5/5 (2)

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Encontramos, no seio de praticamente todas as religiões, o exercício salutar da prece.

Em algumas, tal prática apresenta-se na forma de mantras.
Em outras, de cântico.
Ou, ainda, de rogativa.

Entretanto, independentemente da forma, a prece sempre tem como objetivo ligar a criatura ao Criador.

A prece é um ato de adoração.
Orar a Deus é pensar nEle; é aproximar-se dEle; é pôr-se em comunicação com Ele.
A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir e agradecer.

Louvar a Deus significa reconhecer nEle a fonte de toda vida, de toda a Criação.
É observarmos tudo o que nos cerca – as plantas, os animais, nosso próximo – e enxergarmos neles a assinatura Divina, o traço que Deus deixa em cada uma de Suas criaturas.

Uma prece de louvor é feita mais do que com palavras.
Pode ser expressa em atitudes.

Quando louvamos, reconhecendo, em tudo o que nos cerca, a mão do Criador, torna-se impossível não expressarmos gratidão a Deus por todo amor que Ele nos oferece, em todas as circunstâncias do viver.

Amor esse que se manifesta através das mais variadas expressões: o ar que respiramos, o alimento que temos em nossas mesas, a família que nos acolhe, a casa que nos abriga, os amigos que nos fortalecem.

O companheiro ou companheira que divide a vida conosco, os filhos que nos são dados ao coração, as oportunidades diárias de progresso intelecto-moral, a conquista das virtudes que nos aproximam da paz e da felicidade.

E, quando brota em nossas almas o sentimento que nos leva a louvar e a agradecer, o gesto de pedir modifica-se.

Nossas rogativas já não são mais baseadas nas ilusões da matéria, nem tampouco no orgulho que confunde nossas escolhas.

Nossas decisões tornam-se mais maduras, pois começamos a compreender as leis que regem toda a Criação.

Já não mais rogamos a Deus que solucione nossos problemas, dificuldades e sofrimentos.

Antes, pedimos ao Senhor da vida que nos conceda a sabedoria, a resignação e a humildade para que, além de poder superá-los, possamos aprender com as preciosas lições que acompanham cada momento.

Entrarmos em comunicação com Deus significa fazermos, diariamente, de nossa vida uma prece.

E a prece se faz em cada gesto de abnegação, de renúncia, de fé.

A prece se faz quando olhamos para aquele que sofre, para aquele que passa fome, para aquele que não tem onde morar e, desinteressadamente, lhe estendemos a mão que ajuda, o ombro que consola, o abraço que afaga, a palavra que une.

A prece se faz quando perdoamos quem nos fere e somos capazes de pedir perdão àquele que ferimos.

A prece se faz quando nos reconhecemos parte integrante de toda a Criação, de todo o equilíbrio universal e, dessa forma, tomamos para nós a responsabilidade de contribuirmos para a construção de um mundo melhor.

* * *

Na oração a criatura suplica e se apresenta a Deus.
Pela inspiração profunda e reconfortante responde o Senhor e se revela ao aprendiz.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com citação do item 659,

de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed.
FEB e

pensamento final do verbete Oração, do livro Repositório

de sabedoria, v.
2, pelo Espírito Joanna de Ângelis,

psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed.
LEAL.

Disponível no CD Momento Espírita, v.
25, ed.
FEP.

Em 27.
2.
2024

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