Mamãe morreu – Pedro Fagundes Azevedo

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            Pedro Fagundes Azevedo, ex-presidente por três gestões da Legião Espírita de Porto Alegre Contribuição de Pedro

No seu livro Mapa do Céu, o neurocirurgião Eben Alexander investiga o que a ciência tem a dizer sobre as experiências de quase morte, chamadas de EQM. E analisa também o que a religião e as pessoas comuns pensam sobre a imortalidade do espírito que compõe o nosso ser. A obra, editada no Brasil pela Sextante, traz diversos relatos de vivências e fenômenos aparentemente inexpli cáveis. Selecionamos aqui o interessante testemunho de uma de suas leitoras, que teve a graça de receber a visita de despedida de sua mãe, no momento imediato à sua morte, quando o espírito se desliga do corpo e ganha a liberdade.
Caro Dr. Alexander:
Trinta anos atrás tive uma EQM – mas não era eu quem estava morrendo. Era minha mãe. Ela vinha fazendo tratamento contra o câncer no hospital e os médicos disseram que lhe restavam no máximo seis meses de vida. Era sábado, eu estava no jardim da minha casa, quando, de repente, fui invadida por uma sensação avassaladora. Foi como se eu tivesse recebido uma quantidade incrível de amor, e me senti estranha, como se tivesse usado drogas. Fiquei parada ali, me perguntando o que havia acontecido. Então tornei a ser invadida pela mesma sensação. Foram três vezes ao todo. Naquele momento, tive certeza de que minha mãe havia falecido. Era como se ela estivesse me abraçando, mas ao mesmo tempo atravessando meu corpo. E todas as vezes que ela fazia isso eu sentia essa quantidade sobrenatural, inacreditável, imensurável de amor.
Entrei em casa, ainda sem entender direito o que acontecera. Sentei-me perto do telefone e aguardei o telefonema da minha irmã. Dez minutos depois, ele tocou. Mamãe morreu, disse ela.
Mesmo, tantos anos depois, não consigo contar esta história sem chorar – não de tristeza, mas de alegria. Aqueles três instantes no jardim mudaram minha vida para sempre. Desde então, perdi o medo da morte.
Naquela época, não havia muitos livros sobre experiências de quase morte, então eu não fazia ideia do que pensar a respeito. Mas sabia que o que senti era real. (Assinado) Jean Mackey.

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