Sexo e Consciência – Divaldo Pereira Franco

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Entre os dias 17 e 19 [abril 2015] próximos passados, participamos do VII Encontro de Saúde à Luz do Espiritismo, na cidade de Salou (província de Tottagona), na Espanha. Os temas de que fui encarregado referiam-se ao Sexo e consciência, título de uma obra nossa, organizada pelo confrade Luiz Fernando, de S. Paulo. Foram quatro participações de 1h30min cada, analisando a função sexual saudável dos pontos de vista histórico, sociológico, psicológico e espiritual.

Num momento q uando o ser humano se encontra com tormentos de vária espécie, derivados da má utilização da função genésica e dos medos ancestrais que deram lugar a mitos e desinformações, merece seja examinada a nobreza da ação sexual responsável pela perpetuação das espécies vegetais, animais e humanas.

A ignorância medieval e os tormentos não revelados de muitos teólogos assinalaram que se tratava de uma função pecaminosa, suja e reprochável, como se Deus houvesse elegido um meio insano para a reprodução da vida na face da Terra. Do ponto de vista biológico, trata-se de uma nobre organização para manter a vida em padrões de equilíbrio e de prazer, proporcionando, quando o seu uso é ético e moral, alegria e completude nos relacionamentos. A distorção da sua prática, que somente objetiva o prazer ligeiro e variado, deu lugar a patologias graves como a pedofilia, o incesto, o masoquismo, o sadismo, a necrofilia, a prostituição, a pederastia e a outros distúrbios psicológicos e psi quiátricos que envilecem o ser humano.

Vive-se, em consequência, o período do erotismo, no qual se busca, com tormentos, o desfrutar das sensações sem nenhuma vinculação com o amor, o recurso afetivo responsável pela permuta de hormônios físicos e emocionais entre os parceiros. Tem faltado consciência na prática do sexo, conforme programado pala Vida. O sexo deixou o departamento genésico para subir à cabeça e tornar-se o condutor de incontáveis existências. Está na hora de voltarmos a praticá-lo saudavelmente.

Divaldo Pereira Franco.
Artigo publicado no jornal A Tarde,
coluna Opinião, em 23.4.2015.
Em 28.7.2015.

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