Pedro Fagundes Azevedo, ex-presidente da Legião Espírita de Porto Alegre Contribuição de Pedro
Ser feliz é estar em paz consigo mesmo. E também com tudo e com todos no ambiente onde vivemos. Para tanto, é indispensável o cultivo das Leis Morais gravadas por Deus na consciência de cada um. Todas as vezes que as contrariamos estamos renunciado à nossa paz. E, automaticamente, escorraçando a felicidade. Em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, as questões de números 629 a 633 esclarecem a importância das Leis Morais em nossas vidas. Vejamo-las.
629. Que definição se pode dar da moral?
A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.
630. Como se pode distinguir o bem do mal?
O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder conforme a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la.
631. Tem meios o homem de distinguir por si mesmo o que é bem do que é mal?
Sim, quando crê em Deus e o quer saber. Deus lhe deu inteligência para distinguir um do outro.
632. Estando sujeito ao erro, não pode o homem enganar-se na apreciação do bem e do mal e crer que pratica o bem quando em realidade pratica o mal?
Jesus disse: vede o que queríeis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se resume nisso. Não vos enganareis.
633. A regra do bem e do mal, que se poderia chamar de reciprocidade ou de solidariedade, é inaplicável ao proceder pessoal do homem para consigo mesmo. Achará ele, na lei natural, a regra desse proceder e um guia seguro?
Quando comeis em excesso, verificais que isso vos faz mal. Pois bem, é Deus quem vos dá a medida daquilo de que necessitais. Quando excedeis dessa medida, sois punidos. Em tudo é assim. A lei natural traça para o homem o limite das suas necessidades.
Atualmente, atravessamos no Brasil um período em que muitos políticos abafaram as Leis Morais impressas na consciência. E deixaram-se iludir pelo dinheiro espúrio da corrupção. A inquietação daí resultante já os torna infelizes no presente momento. E o pior, pela Lei de Causa e Efeito, o corrupto de hoje provavelmente será o mendigo de amanhã, numa inevitável nova reencarnação.