Já morreram, mas … estão de volta pela reencarnação – Pedro Fagundes Azevedo

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            Pedro Fagundes Azevedo, ex-presidente e atual conselheiro da Legião Espírita de Porto Alegre Contribuição de Pedro

Já morreram, mas… estão
de volta pela reencarnação
Pedro Fagundes Azevedo

Quarta-feira, 21 de outubro, marca a virada do século para os personagens da novela das seis da tarde na Rede Globo. As mesmas pessoas que viveram no século 19 estão de volta, 150 anos depois, reencarnadas nos dias atuais. O visual pode ter mudado, porém são os mesmos espíritos, vivendo novas experiências, amando, aprendendo, se arrependendo, se corrigindo e perdoando, em constante progresso, ainda que poucos percebam o importante detalhe evolutivo. Porque assim é a vida real, que é eterna, assim somos todos e cada um de nós.
Os personagens não vão se reconhecer ou recordar com tanta clareza sobre o que aconteceu no passado, mas algumas lembranças poderão vir à tona, como se cada um carregasse algo da vida anterior. Para facilitar a identificação do público, todos voltam com os mesmos nomes, e haverá algumas cenas de flashback, explica a autora, Elizabeth Jhin.
Os personagens que viveram conflitos no passado devem encarar, juntos, novos problemas, tendo como cenário a cidade fictícia de Belarrosa, aqui no sul do país. O casal Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso) continua apaixonado e vivendo um amor proibido. Amores felizes não têm história, brinca a autora. Os dois trocam olhares logo nas primeiras cenas.
O conflito de Emília (Ana Beatriz Nogueira), que passou a vida querendo se vingar de Vitória (Irene Ravache), ficará ainda mais intenso. As duas, agora, serão mãe e filha. Deus coloca as pessoas que foram antagônicas no passado sob o mesmo teto para que finalmente se entendam e se reconciliem. E é por isso que muitas vezes ocorrem tantos conflitos no seio de uma mesma família. Não dá para elas continuarem como estão. Veja só que a Vitória e a Emília, com um ódio tão profundo uma pela outra, voltam agora em outra vida, como mãe e filha, destaca o ator que interpreta Bento.
Retratando a vida humana como ela é, não há um só personagem da trama de Além do Tempo que escape do acerto de contas com o passado. O núcleo cômico da família de Massimo (Luis Melo) promete ser ainda mais engraçado nos dias atuais. Antes casado com Salomé (Inês Peixoto), Massimo agora a terá na condição de faxineira. Já as suas filhas, Bianca (Flora Diegues) e Felícia (Mel Maia), voltam como suas sobrinhas. Ele é uma pessoa extremamente desorganizada, levanta a hora que quer, tem os seus costumes e manias. E não gosta que a Salomé mexa nas coisas dele. Logo, essas duas sobrinhas vêm morar com ele e aí vai surgir um pandemônio, explica Luis Melo.
Seu personagem, que será solteirão convicto, vai atrair a atenção de muitas mulheres. Ele decide se isolar, mas não conseguirá se livrar facilmente de todas as mulheres de sua vida. Quanto mais difícil e misteriosa é a pessoa, mais ela atrai a atenção dos outros, analisa o ator. Se as inimigas Emília (Ana Beatriz Nogueira) e Vitória (Irene Ravache) ressurgem como mãe e filha, o Bento (Luiz Carlos Vasconcelos), que era capanga da condessa, não se verá livre da vilã. Ele será enteado de Vitória. É só esperar para ver e comparar as voltas que o mundo dá, não só na novela, mas também na vida real.

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