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A falta de iniciativa e o medo constituem fatores relevantes para a instalação dos comportamentos auÂtodestrutivos, decorrência natural da insegurança pesÂsoal e da hostilidade social presente na competitividaÂde da sobrevivência humana.
Conflitos autopunitivos da consciência de culpa não superados apresentam-se de forma patológica, conÂtribuindo para a ausência de auto-estima e compulsão auto-exterminadora. Nem sempre porém, assumem a tendência para o suicídio direto, manifestando-se, enÂtretanto, de maneira mascarada, como desinteresse pela existência, ausência de objetivos para lutar, atitudes pessimistas…
Noutras ocasiões, a frequente ingestão das vibraÂções perniciosas do mau humor, do ressentimento, da rebeldia sistemática, do ódio, do ciíme desenvolvem transtornos psíquicos que terminam por desarmonizar as células, comprometer os órgãos e conduzirà morte.
Diversas enfermidades têm causalidade psicossoÂmática, que culminam em verdadeiros desastres orgâÂnicos.
Na raiz de toda doença há sempre componentes psíquicos ou espirituais, que são heranças decorrentes da Lei de causa e efeito, procedentes de vidas transaÂtas, que imprimiram nos genes os fatores propiciadoÂres para a instalação dos distírbios na área da saíde.
A vida moderna, geradora de estresses e angístiÂas, por sua vez também desencadeia mecanismos de ansiedade e de fobias várias, que desgastam os nícleos do equilíbrio psicológico com lamentáveis disfunções dos equipamentos físicos.
As pressões contínuas que decorrem do trabalho, dos compromissos sociais, das necessidades econômiÂcas, da tensão emocional e dos impositivos psíquicos, desestabilizam o ser humano, que se torna vítima fácil de falsas necessidades de fugas, como recurso de busÂcar a paz, engendrando comportamentos autodestrutiÂvos.
Desequipado psicologicamente para os enfrentaÂmentos incessantes e sentindo-se incapaz para acomÂpanhar e absorver o desenvolvimento tecnológico e toda a parafernália dos divertimentos que induzem ao consumismo rigoroso e insensato, o indivíduo de temÂperamento tímido perturba-se, desistindo de prosÂseguir, ou se engaja na loucura generalizada, auto-destruindo-se igualmente através da excitação e da insatisfação, da competitividade com os seus interÂvalos de fastio e amargura, buscando, nos alcoólicos, no tabaco, no sexo e nas drogas os estímulos e as comÂpensações para substituírem o cansaço, o tédio e a saturação diante do que já haja conseguido.
A velocidade que assinala os acontecimentos hoÂdiernos supera as suas resistências emocionais, e deiÂxa-se conduzir, a princípio, sem dar-se conta do excesÂso da carga psíquica, para depois automatizar-se, sem reservar-se períodos para o auto-refazimento, para a renovação, para o encontro consigo mesmo e uma anáÂlise tranquila das metas em desenvolvimento, elaboÂrando e seguindo uma escala de valores legítimos, a fim de não consumir as horas e as forças nas buscas impostas pelo contexto social, no qual se encontra, e que não lhe correspondemàs aspirações íntimas.
A existência terrena é portadora de valiosa contriÂbuição ética, estética, intelectual, espiritual, e não soÂmente dos impositivos materiais e das satisfações ligeiÂras do ego sem a compensação do Self.
São muitos os mecanismos que levamà autodestruição, dentre os quais, a fadiga pelo adquirir e poder acompanhar tudo, estar envolvido nas armadilhas criÂadas pelo mercado devorador que desencadeia inquieÂtação, a quantidade de propostas perturbadoras pela mídia, que aturde, o excesso de ruídos em toda parte, que desorienta, e a superpoluição nos centros urbanos, que desenvolve os instintos violentos e agressivos, eliÂminando quase as possibilidades para a aquisição da beleza, do entesouramento da paz, de ensanchas de auto-realização.
O ser humano é a medida das suas aspirações e conquistas, sem o que a mediocridade o vence.
Cada meta desenvolvida propicia a compensação da vitória e o estímulo para novas realizações. Quando isso não ocorre, os insucessos mal interpretados levam-noà desarmonia, da qual procedem os fatores inibidoÂres para novos tentames com a desistência do esforço e a perda da capacidade para recomeçar.
É justo não se desfalecer jamais. Toda ascensão impõe sacrifício, toda libertação resulta de esforço.
A ruptura das algemas psicológicas responsáveis pelo desprezo de si mesmo, pelo acabrunhamento e autonegação torna-se de urgência, a fim de favorecer a visão clara da realidade e os meios hábeis para bem vivê-la.
Cada momento propicia renascimento, quando se está vigilante para fazê-lo.
Na impossibilidade de mudar-se a vida moderna, melhor explicando, os fatores negativos que conduzem aos conflitos ” desde que existem valiosos contributos para a sua valorização, aquisição do seu significado, crescimento interior e progresso individual como geral
” cumpre se criem condições próprias para enfrentá-la, se elaborem programas pessoais para a auto-realização e bem-estar, não se deixando atormentar com as impoÂsições secundárias, desde que percam o significado de que desfrutam…
Exercícios físicos e rítmicos ” natação, caminhada, ciclismo, de acordo com a eleição de cada qual ”, ao lado de exercícios mentais ” boa leitura, mísica inspiÂradora, conversações instrutivas, relacionamentos esÂtimulantes, orações, meditação, ajuda ao próximo ” são excelentes terapias para a redescoberta do significado existencial e da vida, aceitando sem estresse as imposições contemporâneas, decorrentes do processo da evoÂlução científico-tecnológica.
A existência enriquecida de ideais deve ser utilizaÂda mediante os diversos recursos hodiernos para transÂformar o tumulto em harmonia, a doença em saíde e a tendênciaà autodestruição em prolongamento da vida sob a égide do amor que a tudo deve comandar, inspiÂrar e vencer.
Faceà sua presença e vitalidade, o mundo se moÂdifica e o ser se liberta, plenificando-se.
Joana de Ângelis – Psicografado por Divaldo franco