Livro: Amor Imbatível Amor: Capítulo 49-SEDE DE VINGANÇA

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O comportamento paranóico gera uma gama de aflições perturbadoras de grande densidade, alienan­do o paciente que perde relativamente o contato com a realidade objetiva.
Deambulando pelos dédalos da insensatez, sente-se acuado pelos conflitos, que transfere de responsabi­lidade, sempre acusando as demais pessoas de o não entenderem e o perseguirem, empurrando-o para o in­sucesso, a infelicidade…
Afastando-se do conjunto social elabora mecanis­mos de desforço como fenômeno de auto-realização, engendrando formas de constatar a superioridade me­diante a queda daquele que é considerado seu oposi­tor.
Nesse estado de inquietação engendra formas de análise inadequada em torno da conduta alheia, derrapando em maledicências, em exageros de in­formações que não correspondemà realidade, cul­minando em calínias, que possam caracterizar im­perfeição do seu opositor, situando-o em plano de inferioridade.
Dessa forma, quando o outro, o inimigo, experi­menta qualquer desar, tormento ou provação, o enfer­mo que se lhe opõe experimenta uma alegria íntima muito grande como compensação da inferioridade na qual estagia.
Esse tormento faz-se tão cruel que, não raro, o pa­ciente torna-se algoz inclemente daquele que se lhe tor­na vítima.
Na raiz desse como de outros transtornos da per­sonalidade encontram-se o egoísmo exacerbado e o orgulho, que são os cânceres morais encarregados de de­sorganizar o ser humano, tornando-o revel.
A mente, concentrada no conteído da mensagem que elabora, termina por influenciar os neurônios que lhe sofrem a indução psíquica e passam a produzir subs­tâncias equivalentesà qualidade de onda, dando curso ao bem-estar ou aos conflitos perturbadores. Quando essa indução é mais demorada e produz agravantes de efeitos danosos, transfere-se de uma para outra exis­tência, imprimindo nos tecidos sutis do perispírito os prejuízos causados, que remanescem como provas ou expiações que assinalam profundamente o ser espiri­tual.
Face a essa razão, são impressas nos componentes genéticos as necessidades de reparação, assinalando o Espírito com os distírbios a que deu lugar a sua con­duta desastrosa.
A sede de vingança é lamentável conduta espiritu­al que termina por afligir aquele que a vitaliza interiormente.
Cabe ao indivíduo envidar todos os esforços para vencer esse sentimento inferior, que lhe constitui moti­vo de demoradas angístias, porquanto é impossível desfrutar da infelicidade alheia, alegrando-se quando outrem sofre.
A aparente alegria, resultado da satisfação por sen­tir-se vingado, logo se transforma em profunda frus­tração, por desaparecer-lhe o motivo existencial.
A vida tem definidas metas que constituem moti­vação para a sua experiência. Quando desaparecem, o sentido existencial emurchece, se instalam as distoni­as, e transtornos especiais tomam lugar na área do equi­líbrio.
Cabe ao infrator desenvolver a coragem para en­tender que o problema não procede do exterior, de ou­tra pessoa, porém, dele mesmo, em razão dos seus con­flitos, da sua limitada percepção de consciência, em razão do trânsito em faixas primárias do conhecimen­to. Todavia, resolvendo-se por adquirir a saíde emoci­onal, cumpre-lhe esforçar-se por reverter a situação, domando as más inclinações, dentre as quais se desta­ca a sede de vingança.
Lentamente, porém, com segurança, o amor abre-lhe perspectivas dantes não imaginadas, que se vão ampliando até conseguir a perfeita compreensão da luta que deve travar em seu mundo íntimo, a fim de auto­superar-se e encontrar a felicidade.
Todo o esforço de educação pessoal em superar as más inclinações constitui terapia valiosa para a saíde integral. Ninguém há que se considere sem necessida­de dessa avaliação pessoal e do consequente esforço para a conseguir.

Joana de Ângelis – Psicografado por Divaldo franco

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