Our Score
Click to rate this post!
[Total: 0 Average: 0]
O comportamento paranóico gera uma gama de aflições perturbadoras de grande densidade, alienanÂdo o paciente que perde relativamente o contato com a realidade objetiva.
Deambulando pelos dédalos da insensatez, sente-se acuado pelos conflitos, que transfere de responsabiÂlidade, sempre acusando as demais pessoas de o não entenderem e o perseguirem, empurrando-o para o inÂsucesso, a infelicidade…
Afastando-se do conjunto social elabora mecanisÂmos de desforço como fenômeno de auto-realização, engendrando formas de constatar a superioridade meÂdiante a queda daquele que é considerado seu oposiÂtor.
Nesse estado de inquietação engendra formas de análise inadequada em torno da conduta alheia, derrapando em maledicências, em exageros de inÂformações que não correspondemà realidade, culÂminando em calínias, que possam caracterizar imÂperfeição do seu opositor, situando-o em plano de inferioridade.
Dessa forma, quando o outro, o inimigo, experiÂmenta qualquer desar, tormento ou provação, o enferÂmo que se lhe opõe experimenta uma alegria íntima muito grande como compensação da inferioridade na qual estagia.
Esse tormento faz-se tão cruel que, não raro, o paÂciente torna-se algoz inclemente daquele que se lhe torÂna vítima.
Na raiz desse como de outros transtornos da perÂsonalidade encontram-se o egoísmo exacerbado e o orgulho, que são os cânceres morais encarregados de deÂsorganizar o ser humano, tornando-o revel.
A mente, concentrada no conteído da mensagem que elabora, termina por influenciar os neurônios que lhe sofrem a indução psíquica e passam a produzir subsÂtâncias equivalentesà qualidade de onda, dando curso ao bem-estar ou aos conflitos perturbadores. Quando essa indução é mais demorada e produz agravantes de efeitos danosos, transfere-se de uma para outra exisÂtência, imprimindo nos tecidos sutis do perispírito os prejuízos causados, que remanescem como provas ou expiações que assinalam profundamente o ser espiriÂtual.
Face a essa razão, são impressas nos componentes genéticos as necessidades de reparação, assinalando o Espírito com os distírbios a que deu lugar a sua conÂduta desastrosa.
A sede de vingança é lamentável conduta espirituÂal que termina por afligir aquele que a vitaliza interiormente.
Cabe ao indivíduo envidar todos os esforços para vencer esse sentimento inferior, que lhe constitui motiÂvo de demoradas angístias, porquanto é impossível desfrutar da infelicidade alheia, alegrando-se quando outrem sofre.
A aparente alegria, resultado da satisfação por senÂtir-se vingado, logo se transforma em profunda frusÂtração, por desaparecer-lhe o motivo existencial.
A vida tem definidas metas que constituem motiÂvação para a sua experiência. Quando desaparecem, o sentido existencial emurchece, se instalam as distoniÂas, e transtornos especiais tomam lugar na área do equiÂlíbrio.
Cabe ao infrator desenvolver a coragem para enÂtender que o problema não procede do exterior, de ouÂtra pessoa, porém, dele mesmo, em razão dos seus conÂflitos, da sua limitada percepção de consciência, em razão do trânsito em faixas primárias do conhecimenÂto. Todavia, resolvendo-se por adquirir a saíde emociÂonal, cumpre-lhe esforçar-se por reverter a situação, domando as más inclinações, dentre as quais se destaÂca a sede de vingança.
Lentamente, porém, com segurança, o amor abre-lhe perspectivas dantes não imaginadas, que se vão ampliando até conseguir a perfeita compreensão da luta que deve travar em seu mundo íntimo, a fim de autoÂsuperar-se e encontrar a felicidade.
Todo o esforço de educação pessoal em superar as más inclinações constitui terapia valiosa para a saíde integral. Ninguém há que se considere sem necessidaÂde dessa avaliação pessoal e do consequente esforço para a conseguir.
Joana de Ângelis – Psicografado por Divaldo franco