A lei comprova, pêlos fatos, que não existe futuro de paz, sem presente de trabalho no bem.
A colheita está perfeitamente vinculada ao plantio.
E se o carma é uma força poderosa que nos guia, ele pode ser desfeito com os recursos que o Cristo nos legou.
Diante de toda e qualquer situação, é preciso que tenhamos paciência, sem que a inércia nos envolva.
É justo que, perante as dificuldades, tenhamos compreensão, mas com espírito de luta, sem que a conivência nos tolde o ânimo.
É proveitoso que tenhamos amor, mas sem que o apego perturbe a consciência.
Se quisermos construir um bom futuro no presente, a grande vigilância não deve faltar, porque esse presente é cheio de reflexos do passado, que se nos apresentam bem piores do que os de agora.
Então não temos livre arbítrio? Certamente que temos.
No entanto, o mais difícil é compreender o que significa livre arbítrio.
A alma tem o direito, por lei divina, de liberdade de pensamento.
Todavia, em muitos casos lhe escapa a liberdade de escolher seus próprios pensamentos.
A faixa, que lhe cabe pelo nível evolutivo atingido, não poderá ser ultrapassada, a não ser pela força do tempo, com a petição assim timbrada: maturidade.
Uma liberdade mais acentuada não pode ser entregue nas mãos da ignorância, sem que a disciplina corrija seus impulsos.
Um prisioneiro é livre dentro do cubículo que lhe serve de cela.
O soldado, que o vigia, é livre na área em que não perde de vista sua presa.
E o juiz, que o julga, é livre desde que obedeça aos ditames da lei.
O espírito encarnado, prisioneiro do fardo fisiológico, ganha igualmente uma liberdade concernente ao programa estabelecido pelo Divino Arquiteto do Universo.
Nós temos a livre escolha nas ideias já acumuladas por sintonia no plano das criações superiores.
Tudo vem de Deus, e isso é tudo.
O presente tem direito quase absoluto sobre o futuro, desde o homem até o planeta, e deste aos acúmulos de estrelas e sóis.
A lei é uma só, em frequências inúmeras, dando a cada um e a cada coisa aquilo que, na realidade, lhes seja melhor.
Se desejais uma saúde perfeita, pelo menos para o futuro, começai hoje mesmo a vos desembaraçar dos vícios, que vos entorpecem os centros de forças.
Esses vícios, em muitos casos, se estendem às comidas, às bebidas, a hábitos desregrados e à faixa mental.
O ódio altera a razão e paralisa os sentimentos mais delicados da alma, como também muda completamente a química celular, queimando a energia vital antes de ser usada e transmutada em vida.
A glândula tireóide, como o timo, perde a condição de segregar hormônios fosfatados, envolvidos por elementos sutis protoplasmáticos que ativam o cérebro, por serem atingidas, em primeiro plano, pêlos venenosos raios do reverso do amor.
O pavor afrouxa e entorpece a sensibilíssima engrenagem das supra-renais, deixando o córtex como o corpo de um alcoólatra e os rins em alto desespero, afetando igualmente todo o aparelho digestivo e o plexo solar, como linhas elétricas em que se dá um curto-circuito, prejudicando o sistema nervoso por completo.
Os psicólogos modernos já começaram a sentir os verdadeiros problemas.
Falta um pouco mais, no sentido de atingirem as causas de todos os distúrbios da alma, – 142 – pois os recursos se encontram nos próprios indivíduos, desde que sejam treinados, educados e iluminados por mestres que não desconheçam a força do pensamento, as reações de vidas anteriores e a terapia do Evangelho de Cristo.
A educação do presente tem muita importância para o futuro.
E a felicidade do homem e do espírito livre da carne está no modo pelo qual ele pensa.
A mente é o ponto energético de onde se sente o alvorecer da vida.