O sal da Terra – Redação do Momento Espírita 5/5 (1)

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Em várias passagens do Evangelho, Jesus exorta Seus seguidores a que sejam o sal da Terra e a luz do Mundo.

A mensagem cristã constitui um chamado ao desprendimento das coisas e dos valores mundanos.

Desprendimento não no sentido de desprezo, mas com o significado de dar a tudo o seu justo valor.

Sabe-se que as conquistas terrenas são fugazes e transitórias.

Tudo o que se refere à matéria possui uma grande fragilidade.

Beleza, poder, influência, fortuna, tudo isso, cedo ou tarde, fenece ou troca de mãos.

A vida é cheia de revezes e os percalços inerentes à trajetória humana podem amargurar.

Quem coloca todas as suas alegrias e expectativas nessas conquistas transitórias candidata-se a fortes decepções.

A proposta evangélica é que se deve viver no Mundo, mas sem ser do Mundo.

Ocupar-se com dignidade das atividades que garantem a manutenção da vida e da ordem social.

Estudar, trabalhar, cuidar da saúde e planejar a própria existência com prudência e critério.

Contudo, perceber que a finalidade do viver terreno não se cinge a tais aspectos.

Por preciosa que seja determinada conquista material, ela um dia ficará para trás.

Ao mesmo tempo, os revezes da fortuna nem sempre permitem que se atinja o objetivo almejado.

Nem por isso a criatura humana deve se tornar angustiada ou indiferente.

Para bem aproveitar seu tempo na Terra, ela precisa aprender a dar a cada coisa o seu merecido valor.

Tendo em vista seu potencial de desenvolvimento da inteligência e da vontade, são positivos os mais comuns sonhos humanos.

Entretanto, sua realização não pode constituir a meta da existência.

Ciente de que um dia o corpo físico perecerá, é importante cuidar do que a ele transcende.

Aí se encontra a possibilidade que a mensagem cristã possui de conferir um novo sabor à vida do homem.

À semelhança do sal, ela funciona como um tempero, dá um atrativo diferente ao que de outro modo seria insípido.

Trata-se do convite à vivência de virtudes com o potencial de tornar doce e pacífico o coração.

Jesus apresentou ao mundo um Deus pleno de amor e sabedoria.

A fé nesse Deus amoroso e sábio possui o condão de pacificar a alma, entre as lutas do mundo.

Também o perdão é uma força libertadora, que permite seguir tranquilo mesmo por entre agressões.

A compaixão faz com que o homem preste atenção no semelhante e sinta vontade de auxiliá-lo.

Com isso, ajuda-o a não pensar muito em seus próprios problemas e sua vida se simplifica.

O Evangelho significa Boa Nova e seu objetivo é tornar felizes os homens.

Não promete uma felicidade feita das instáveis e perecíveis conquistas humanas.

Mas assegura a vivência de doces emoções, com infinito potencial pacificador.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.

Disponível no livro Momento Espírita,

v.
11, ed.
FEP.

Em 23.
5.
2022

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