O Sentido do Verdadeiro Amor
Autor espiritual: Mentor da Sapiência Universal
Pela Médium Eunice Gondim
A presença de Deus em todos os seres vivos está expressa através do amor.
Esse sentimento, na sua dimensão mais profunda, está presente em cada relação harmônica observada na natureza. Até em algumas relações que nos parecem desarmônicas, o amor pode fazer-se presente de forma pouco inteligível pelos seres humanos. Quando um animal faz outro de presa para dele se alimentar, se bem observarmos, a harmonia está aí presente, pois como ficaria a organização natural da vida se tal fato não ocorresse? Com a falta de alimentos muitos seres vivos pereceriam e o desequilíbrio se instalaria em todo mundo natural. E como não existe amor sem harmonia, esse sentimento estaria sendo afetado prejudicando toda a vida no planeta. Dessa forma, percebemos que o amor é realmente o sentimento que envolve e direciona todo e qualquer princípio vivo criado por Deus transcendendo a qualquer compreensão humana.
Ao pensarmos que só os homens são capazes de amar estamos diminuindo a dimensão do que é o verdadeiro amor. Podemos até afirmar que é entre os homens que esse sentimento divino é menos cultivado.
Entre os animais ditos irracionais, as relações de sexo ocorrem apenas para o processo de perpetuação das espécies. Dizemos que se trata de um instinto sexual. Mas como manter a espécie se esses atos não acontecessem? Por isso podemos detectar por trás desse ato que chamamos instintivo, a presença do amor. Esse amor do qual estamos falando é um sentimento regido pela essência divina e que transcende o entendimento dos seres humanos, sendo assim, pouco entendido por seres que só vislumbram no planeta, o lado material palpável e concreto.
Entre os seres humanos, o sentimento do amor é pouco compreendido e quase nada praticado. O amor é confundido com sexo, paixão, perversão e com outros sentimentos igualmente vis. Em nome do amor pessoas são escravizadas, molestadas, dominadas e, muitas vezes, até mortas. A associação do amor com sentimentos inferiores como egoísmo e ciúmes, é comum entre os homens. Dessa forma, enquanto para os outros seres vivos amor é sinônimo de união e harmonia, entre os homens, em alguns casos, é usado como justificativa para perversões sexuais e crimes.
A espiritualidade em geral, muito se abala com essa desvirtualização de um sentimento tão nobre e que representa a essência de Deus na Terra. Mas não podemos radicalizar, pois entre uma minoria da espécie humana o verdadeiro amor ainda é exercido. Nos referimos às pessoas que ainda são capazes de atos de renúncia em prol do bem de outro ou de outros. Essas são pessoas que trazem dentro de si, naturalmente, a verdadeira essência do amor divinal. Essa renúncia pode ser uma atitude de grande vulto ou uma simples abstinência a algo que muito se deseja. O importante é que para qualquer ato de renúncia, é necessário que a pessoa tenha dentro de si uma tendência natural a sacrificar-se por algo ou por alguém. E nisso consiste o verdadeiro amor.
Infelizmente, nem o enviado do Pai a Terra, Jesus Cristo, foi capaz de fazer com que esse sentimento impregnasse o coração dos homens. Ele, que durante sua estadia na Terra praticou tantos atos de puro amor, não foi entendido e nem seguido como exemplo para a humanidade. Somente quando esse sentimento for realmente compreendido e praticado pelos homens, teremos o mundo mais justo e fraterno que todos desejamos.
O mais interessante e menos compreensível é que todos desejam esse mundo de amor e paz, mas poucos têm lutado para construí-lo. Todos se acham homens comuns e ficam à espera que alguns homens excepcionais se responsabilizem pela construção desse mundo tão desejado. Na verdade, cada ser humano tem essa responsabilidade. Basta que edifiquem suas vidas através de atitudes simples como se dedicar a fazer o bem a si mesmo, aos seus mais próximos e estender essa dedicação a quantos for possível. Ao amar a si próprio, o ser humano torna-se capaz de amar aos outros e assim, difundir tudo de bom com toda a humanidade. Não é preciso que os homens procurem as oportunidades para praticar boas ações. Essas situações se lhes apresentam a todo instante quando alguém lhe procura em busca de um ato de compreensão, de carinho, de alívio para qualquer tipo de dor. Prestar socorro a essa pessoa necessitada pode valer mais do que uma grande ação praticada por obrigação com alguém ou com algum a instituição. É nas pequenas atitudes que muitas vezes se praticam as maiores caridades cristãs. Por isso irmãos, não desperdicem nenhuma oportunidade de fazer a você mesmo ou a outras pessoas felizes. Agradeça a Deus tudo de bom que lhe acontecer e reconheça nos momentos que lhes parecem de infelicidade ou sofrimento, uma oportunidade de crescimento que o Pai está lhe oferecendo.
