Do prazer efêmero ao aniquilamento físico e espiritual
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Jovem de cabelos compridos,1942. MAX ERNST.
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A Família enferma, 1920. LASAR SEGALL.
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Comportamentos aparentemente despreocupados de um jovem podem conduzir a graves distírbios desestruturantes de sua saíde física e mental e, secundariamente, da sua própria família.
CREMERJ: 52-14472-7
Psiquiatra. Livre-Docente de Psicopatologia e Psiquiatria da Faculdade de
Ciências Médicas (FCM) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).. Temos plena certeza de que uma pessoa que tivesse a convicção dos princípios doutrinários espíritas, que fosse levada circunstancialmente ao uso de drogas, não continuaria esse uso, pois no silêncio do seu quarto, ao realizar a sua prece, perguntaria: qual o bem que fiz hoje? Fui ítil a alguém?….(cf. resp.à questão 657 de O Livro dos Espíritos de ALLAN KARDEC, ab initium) e o complemento disso está na respostaà questão 769 (op. cit.):. É importante ressaltar-se que não há provas de que a maconha altere, fisicamente, o perispírito do usuário (as pesquisas sobre isso ainda são muito incipientes); mas é indubitável o aniquilamento espiritual dos usuários contumazes: embotamento ético-social (desrespeito pelas normas sociais e desamor crescenteàqueles que o rodeiam) e síndrome amotivacional ( desinteresse e falta de motivação quase total pelas atividades quotidianas); assim, a pessoa permanece completamente impossibilitada de cumprir seu compromissos reencarnatórios. Além disso, a pessoa aumentará seus débitos reencarnatórios em função de algumas horas de prazer (com evidente fuga da realidade) e, certamente aqui voltará, provavelmente com provas muito duras, cáusticas mesmo, pois insidiosamente essas pessoas vão caindo nos braços de MORFEU, só que neste caso MORFEU não é o mito do sono, propriamente dito, e sim de um sono espiritual, da invigilância. JESUS disse: Vigiai e orai; este preceito tem míltiplas aplicações…
. Não é aconselhável que ninguém faça uso de LSD25 , mesmo ocasionalmente, pois as esquizofrenias surgem como um raio em céu claro, isto é, a tempestade surge sem nenhum sinal precursor. E a maconha poderia também, como o LSD25, propiciar os mesmos riscos? Diremos que sim, a nossa experiência clínica confirma isso… Embora a fórmula química da maconha seja diferente daquela do LSD25 é provável que a maconha altere funcionalmente as aminas cerebrais, nos neurônios. Assim, o delta-9-tetrahidrocannabinol (principal substância ativa da maconha) é capaz de provocar os mesmos sintomas produzidos pelo LSD25, só que em grau menor; a esse respeito, ensina o prof. holandês VAN DEN BERG:. Apesar de ser pouco consumido pelos jovens brasileiros, o LSD25 (dietilamida do ácido lisérgico), produz efeitos muito semelhantes aos da maconha, embora muito mais agudos. O LSD25 foi o principal ponto de partida para o tratamento farmacológico, atual, das esquizofrenias, através do conhecimento dos chamados efeitos psicotomiméticos, isto é, dos efeitos imitadores da loucura; o LSD25 provoca o que se denominava modelo de psicose… Uma pessoa que fizer uso de LSD25 apresentará sintomas muito semelhantes aos das esquizofrenias e as fórmulas estruturais dos alucinógenos são muito semelhantesàs aminas cerebrais e, como hoje se sabe, a dopamina (uma amina cerebral) está diretamente envolvida na bioquímica cerebral dos esquizofrênicos. Comparando-se as fórmulas dos alucinógenos com as das aminas cerebrais, observa-se que há grande semelhança estrutural e, considerando que tais substâncias agem nos receptores da célula cerebral (neurônio), chegou-seà conclusão de que há na esquizofrenia uma disfunção nos receptores dos neurônios pós-sinápticos; portanto, se a fórmula química do LSD25 e da aminas cerebrais são semelhantes, é óbvio que agem semelhantemente nos receptores cerebrais. . Atualmente, muitos usuários de drogas, jovens em geral, usam a maconha de forma moderada e, por isso, acreditam que ela não lhe traria prejuízos psíquicos ou físicos… É comum, hoje, alguns jovens dizerem:
“- Eu gosto de fumar maconha, sinto prazer, fumo de vez em quando e não vejo nenhum mal nisso!… Talvez, o que estes jovens não saibam é que as chamadas drogas leves – apesar de não serem muito potentes se comparadasàs hard drugs – são capazes de levar a graves alterações caracterológicas e, muitas vezes,à loucura, isto é, a estados psicóticos irreversíveis.efêmeros daí advindos são nulos ante os prazeres espirituais, permanentes.